segunda-feira, 30 de maio de 2011

SONHOS DE AKIRA


Um filme lançado em 1991, que mostra em diversas senas os sonhos do autor e diretor do filme Sonhos de Akira, com uma sequencia de imagens lindas e encantadoras, o filme preza mas a parte visual, dispensando os diálogos e mostrando partes apocalípticas e lendas japonesas.
O filme já se inicia com uma antiga lenda chamada casamento de raposa, uma cena com poucas falas onde uma mãe aconselha seu filho a não sair de casa, com os raios de sol atravessando os pingos da chuva produzindo assim uma imagem única.
Na entrada da segunda parte mostra um jardim de pessegueiros e um menino olhando os troncos de pessegueiros cortados, e se encontra com um grupo de espíritos que representam as arvores cortada.
E com o desenrolar dos trechos aparecem novos personagens e novas histórias, como “A tempestade” em que um homem é seduzido pela morte, e ainda um capitão ue se encontra com seu batalhão morto em combate, representados por corvos, e a viajem do homem que encontra um vilarejo e descobre que todos vivem sem nenhuma regalias dos dias atuais, como energia, agua mineral, etc.
Um filme interessante por ser quase sempre sem sentido, onde muda de uma cena para a outra sem deixar rastro, “sem que nem pra que”.

O enigma de Kaspar Hauser


Kaspar Hauser é um jovem que foi trancado a vida inteira num cativeiro, desconhecendo toda a existência exterior. Quando ele é solto nas ruas sem motivo aparente, a sociedade se organiza para ajudar Kaspar, que sequer conseguia falar ou andar, mas este logo acaba se tornando uma atração popular.
O enigma de Caspar Hauser" traça um parâmetro com a teoria de Husseau.
No filme, do cineasta Werner Herzog de 1974, Kaspar Hauser é um homem de aproximadamente trinta anos que fora abandonado recém-nascido, e passara toda sua vida enclausurado em uma caverna sem contato com o mundo exterior.
Quando colocado em meio à sociedade, fora deixado numa praça pública em 1928na tentativa de civiliza-lo, com uma carta em mãos mencionando que... "se espera para ele, a carreira de aviador" tal qual seu pai.
Kaspar não falava e se quer tinha o equilíbrio para se manter em pé.
Adotado por uma família que não a de aviadores, Kaspar recebeu afeto, desenvolvia a coordenação e cognição, demonstrava certo progresso, evolução, acabando por frustrar expectativas daquele que o mantivera enclausurado para decidir o seu destino e que, não conseguindo, veio a assassina-lo.
Depois de sua morte, descobriram que havia uma anomalia em seu cérebro ( um crescimento além normal).
Para Husse considera que, querendo formar o homem da natureza, não se trata de fazer dele um selvagem e o relegar ao fundo dos bosques; mas fazer com que, inserido no turbilhão social, não se deixe aprisionar nem por suas próprias paixões nem pelas paixões dos homens, e veja com seus olhos, e sinta com seu coração, não deixando governa-lo outra autoridade que a de sua própria razão.
Para Husseau a razão é proveniente da educação e mediante ela o homem se torna racional; e viver não significa respirar, significa agir; significa fazer uso dos nossos órgãos, dos nossos sentidos, de nossas faculdades, de todas as partes de nós mesmos que nos dão o sentido de nossa existência.
O homem, segundo os empiristas, nasce como uma folha em branco se fazendo necessária a interação com o meio, e a soma de experiências para que se consiga desenvolver as bases do seu próprio destino.
Na primeira aula, dia 28.01 de português instrumental do segundo semestre, a professora Eliana trabalhou com os alunos sobre comunicação de linguagem.
Logo em seguida ela passou para os alunos a leitura de um texto e a resolução de quatro questões.
No mesmo dia os alunos ficaram de apresentar na próxima aula uma pesquisa sobre meninas lobas da índia e meninos lobo.
Na segunda aula, dia 04.02 assistir e comentar sobre o filme O enigma de Gaspar Houser.
Comunicação humana e autoconhecimento.
Discutimos também as formas de imagens, de como nos apresentamos diante das pessoas. Logo após resolvemos algumas questões pessoais.
Imagem é a impressão que as pessoas têm de você.
Como eu me vejo?
Como os outros me veem?
Qual a imagem que eu gostaria de transmitir?

1. Me vejo integrado na sociedade de uma forma neutra, não chamo tanta a atenção com roupas coloridas e enfeitadas, sou discreto quando se trata do visual.
2. Acredito que não me veem de forma diferente da qual quero ser visto, apenas um cara vestido adequadamente para cada ocasião.
3. Não me imagino transmitindo uma imagem de um cara “metido” ou “patricinho” só quero que me veem do jeito que eu sou.

Depois de alguns alunos expor como achavam que eram vistos, a professora propôs que nos escolhêssemos um colega de classe para falar o que o mesmo expressava e repassava para gente.

Na aula do dia 11.02 foi iniciada com a seguinte frase:
“A única permanência é a mudança”(Heráclito-500 a.c).
Diversos fatores influenciam na mudança, tanto a genética quanto os fatores climáticos. A mudança é espontânea, natural, tanto fisicamente quanto psicologicamente. Estamos em constante mudança.

Na aula seguinte, dia 18.02 os alunos assistiram um filme no intuito de futuramente fazer uma resenha do mesmo.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Variações linguísticas

 O modo de falar do brasileiro(06.05.11)


Toda língua possui variações linguísticas. Elas podem ser entendidas por meio de sua história no tempo (variação histórica) e no espaço (variação regional). As variações linguísticas podem ser compreendidas a partir de três diferentes fenômenos.
1) Em sociedades complexas convivem variedades linguísticas diferentes, usadas por diferentes grupos sociais, com diferentes acessos à educação formal; note que as diferenças tendem a ser maiores na língua falada que na língua escrita;
2) Pessoas de mesmo grupo social expressam-se com falas diferentes de acordo com as diferentes situaçõesde uso, sejam situações formais, informais ou de outro tipo;
3) Há falares específicos para grupos específicos, como profissionais de uma mesma área (médicos, policiais, profissionais de informática, metalúrgicos, alfaiates, por exemplo), jovens, grupos marginalizados e outros. São as gírias e jargões.
Assim, além do português padrão, há outras variedades de usos da língua cujos traços mais comuns podem ser evidenciados abaixo. 

Uso de “r” pelo “l” em final de sílaba e nos grupos consonantais: pranta/planta; broco/bloco.
Alternância de “lh” e “i”: muié/mulher; véio/velho.
Tendência a tornar paroxítonas as palavras proparoxítonas: arve/árvore; figo/fígado.
Redução dos ditongos: caxa/caixa; pexe/peixe.
Simplificação da concordância: as menina/as meninas.
Ausência de concordância verbal quando o sujeito vem depois do verbo: “Chegou” duas moças.
Uso do pronome pessoal tônico em função de objeto (e não só de sujeito): Nós pegamos “ele” na hora.
Assimilação do “ndo” em “no”( falano/falando) ou do “mb” em “m” (tamém/também).
Desnasalização das vogais postônicas: home/homem.
Redução do “e” ou “o” átonos: ovu/ovo; bebi/bebe.
Redução do “r” do infinitivo ou de substantivos em “or”: amá/amar; amô/amor.
Simplificação da conjugação verbal: eu amo, você ama, nós ama, eles ama.


 Veja este texto de Patativa do Assaré, um grande poeta popular nordestino, que fala do assunto:

O Poeta da Roça
Sou fio das mata, canto da mão grossa,
Trabáio na roça, de inverno e de estio.
A minha chupana é tapada de barro,
Só fumo cigarro de paia de mío.

Sou poeta das brenha, não faço o papé
De argun menestré, ou errante cantô
Que veve vagando, com sua viola,
Cantando, pachola, à percura de amô.
Não tenho sabença, pois nunca estudei,
Apenas eu sei o meu nome assiná.
Meu pai, coitadinho! Vivia sem cobre,
E o fio do pobre não pode estudá.

Meu verso rastero, singelo e sem graça,
Não entra na praça, no rico salão,
Meu verso só entra no campo e na roça
Nas pobre paioça, da serra ao sertão.
(...)

Você acredita que a forma de falar e de escrever comprometeu a emoção transmitida por essa poesia? Patativa do Assaré era analfabeto (sua filha é quem escrevia o que ele ditava), mas sua obra atravessou o oceano e se tornou conhecida mesmo na Europa.

Leia agora, um poema de um intelectual e poeta brasileiro, Oswald de Andrade, que, já em 1922, enfatizou a busca por uma "língua brasileira".

Vício na fala
Para dizerem milho: dizem mio
Para melhor dizem: mió
Para pior dizem: pió
Para telha dizem: teia
Para telhado dizem: teiado
E vão fazendo: telhados.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Português Instrumental II - atividades referente ao dia 29 - 04 - 11

Exercício 2 : TEXTO 2 ok!
A) uso da liguagem culta alguns trechos que demonstram
ousadia, principalmente no que diz respeito à construção sintática.
B) uso tanto da linguagem culta quanto da linguagem coloquial, para demarcar, com clareza, personagem e narrador.
C) uso de uma linguagem coloquial caracterizada pela reprodução, na escrita, da pronúncia das palavras.
D) uso de frases carregadas de melodia e sonoridade para enfatizar o pedido de desculpas feito pelo personagem.
E) uso da linguagem regionalista, mostrando fidelidade ao vocabulário sertanejo.

RESPOSTA: LETRA E



Exercício 3 :

No texto 3 os versos são de Patativa do Assaré, poeta popular cearense. Sua linguagem

A) necessita de correções para ter valor.
B) é incoreeta por que imita afala do vaqueiro.
C) representa adequadamente a fala dos vaqueiros.
D) é inadequada para poemas populares.
E) representa a fala de um estrangeiro

RESPOSTA: LETRA C



Exercício 4:

Segundo as idéias do texto podemos concluir que

A) a lingua é morta e não sofr modificações.
B) a variação lingüística no nosso país é respeitada.
C) a linguagem culta é a unica língua falada no Brasil.
D) muitos cidadãos são marginalizados por não saberem a norma culta.
E) a linguagem coloquial não é importante para o Brasil.

RESPOSTA: LETRA E



Execício 5 :

Na charge apresentada, o autor utilizou recursos lingüísticos para representar mosquitos de lugares diferentes. Sobre isso, é coerente dizer que

A) a intenção de mostrar a diferença lingüística ridiculariza os erros gramaticais praticados.
B) os deslizes ortográficos, ressaltados com aspas, tentam reproduzir, na escrita, a pronúncia das palavras.
C) um mosquito é argentino, o outro, português.
D) o uso equivocado de algumas palavras não interfere na interpretação da charge.
E) a utilização de palavras específicas de cada região não contribui para a identificação da origem de cada mosquito.

RESPOSTA: LETRA B



Exercício 6:

O texto 6 retrata a fala de uma pessoa, na década de 60, que utilizava muitas gírias em seu linguajar. Ao ler o texto, supõe-se que a pessoa pertence a um grupo de:

A) malandros.
B) executivos.
C) donas de casa.
D) professores.
E) médicos.

RESPOSTA: LETRA A



Exercício: 7

As expressões mademoiselles, mimosa, prendas constituem um recurso usado pelo autor para explorar a mudança da língua no seu aspecto

A) espacial.
B) histórico.
C) profissional.
D) individual.
E) fonético.

RESPOSTA: LETRA B



Exercício 8:


No texto 8 os jovens conversam com o repórter sobre sua relação de trabalho. Utilizam a expressão é de meia, e, logo em seguida, explicam o que isso significa. Ao dar a explicação, eles:

A) alteram o sentido da expressão.
B) consideram que o repórter talvez não conheça aquele modo de falar.
C) dificultam a comunicação com o repórter.
D) desrespeitam a formação profissional do repórter.
E) enfatizam o conhecimento do repórter.

RESPOSTA: LETRA B



Exercício 9:

Assinale a alternativa que expressa preconceito social em relação ao uso da linguagem.

A)  ─Você é cego de nascença?
      ─Não, senhor. Só da vista memso.

B) ─Eu adorei dançar com o Carlos. Ele é tão inteligente...
     ─Não acho ele fala tudo errado: pobrema, crasse...

C) ─Por favor, Você viu um rapaz dobrando essa esquina, agora há pouco tempo?
     ─Não. Quando eu cheguei aqui já estava dobrada.

D) ─Enfermeira, vamos fazer anestesia geral neste paciente.
     ─Impossível, doutor, sei aplicar apenas anestesia local.

E) ─Senhor o senhor saber onde fica essa rua?
     ─Sei!

RESPOSTA: LETRA B

Exercício 10:

Este poema relaciona a forma culta e a popular das palavras, milho/mio, pior/pio, telha/teia, telhado/teiado. Ao contrapor essas duas formas de expressão e termiar dizendo E vão fazendo telhados, o texto

A) ironiza a fala das pessoas simples.
B) ressalta a função social e produtiva dos mais humildes.
C) procura ensinar a pronúncia e a escrita correta das palavras.
D) sugere que os telhados não ficarão bem feitos.
E) reproduz o uso indicado pela norma culta.

RESPOSTA: LETRA B

TEXTO I - Quantos morros já subi - Fundo de Quintal

atividade do dia 29-04-11

Mário sergio compôs um samba no qual propõe uma certa reflexão

sobre a situação das favelas no Rio de Janeiro de hoje em dia. Começa com versos

que relêem nomes das mais tradicionais comunidades cariocas:"todo mundo é irmao, todo mundo é companheiro lá no morro da formiga do borel e salgueiro lá tem samba, pé no chão poesia verdadeira lá no morro da serrinha lá no morro de mangueira quantos morros"...

meu entendimento foi as formas possíveis de encontro

entre as diferenças e de ocupação criativa da cidade, que é o que fazem todos os finais

de semana milhares de jovens, de diferentes origens, nos bailes funk e nas rodas de

samba. Formas que possam contribuir, mesmo que em pequena escala, para o

pensamento sobre a nossa existência em sociedade, sobre como – e em que ocasiões

– se pode enfrentar as tensões geradoras de barreiras entre as pessoas.

Texto 2 (Mário de Andrade - Melhores Contos)

(Mário de Andrade - Foi Sonho ) norma culta
─ Então, Florinda, que é isso? Você está louca?
Será que você quer abandonar seu marido por causa de outra mulher? Se eu fosse um desses miseráveis de deixam faltar até pão em casa, mas eu, Florinda! Que nunca te deixei faltar nada! E até trago tudo que sobra para agente poder ser feliz... Quando que na casa da sua mãe você usou argola nas orelhas, feito deusa? Sou eu, que quer você bonita sempre, bonita para eu querer bem, e não bonita pra gozar... Quando Romero comprou aquela blusa de seda para a mulher dele, não comprei logo um vestido inteiro para você? Deixa disso Florinda eu explico tudo! Não vamos agora nos acabar por uma coisinha de nada!... Eu ontem caí na farra, tanta gente mascarada se divertindo, você estava muito longe para eu ir buscar... Depois minha mulher não é para farra não! Eu quis mulher foi para estar em casa me servindo com doçura, entrei na primeira venda e bebi. Então me deu coragem de ser o que não tenho sido, mas quis cair na farra uma vez. Até estava triste  por que de repente lembrei que com certeza o Romero estava em casa com a família, em vez de andar sozinho como eu estava feito soldado na vida... Porem já tinha bebido outra vez, fiquei contente, pois não tenho que dar satisfação nenhuma para o Romero, eu sou eu! Fui deixar as ferramentas na primeira venda que eu sou conhecido lá, estava todo sujo do trabalho, mas justifiquei que para cair na farra  não precisava me trocar. Farra é vergonha, para sujo de pensamento, sujo de corpo não mal.